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     De tempos em tempos, Sr. Calvino amarrava um balão a uma das mãos e percorria todos o seus afazeres cotidianos, com o desafio de não estourá-lo. Para Calvino, o balão era um sistema simples em que sua fragilidade quase insuportável o obrigava a um conjunto de cuidados que o lembravam, a fina camada que separa a vida, da morte.
 
​Essa história do texto do escritor portiguês Gonçalo M. Tavares, juntamente com uma imagem da desenhadora francesa Rebecca Dautremer, originaram a posta em espaço de um conjunto de robôs que se deslocam com balões de gás hélio, enquanto emitem de seus pequenos alto-falantes, trecho dessa história de Calvino em sequencia randômica.
Uma instalação que gira em torno do cuidado, da fina camada que separa vida e morte de qualquer sistema energético e/ou emocional. Ou seja, o esgotamento ou manutenção de gente, bicho ou coisa, ou da própria condição de vida humana nesse planeta.
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